Rentabilidade no primeiro trimestre: Bolsa e inflação impactam, mas expectativa é de recuperação
Rentabilidade no 1º trimestre: Bolsa e inflação impactam, mas expectativa é de recuperação
O mês de março foi marcado pelo bom desempenho dos investimentos da Petros, com rentabilidade prévia de 0,79%, superando o objetivo de retorno médio de 0,56%, que considera todos os planos administrados pela Fundação. E nossos maiores planos, como os PPSPs e o PP-2, performaram acima de suas metas. Apesar disso, o resultado ainda não foi suficiente para reverter os impactos causados pela conjuntura econômica adversa em janeiro e fevereiro. No acumulado do primeiro trimestre, os investimentos consolidados registraram valorização de 2,02%, ficando abaixo do objetivo de retorno médio de 2,59%.
Nos dois primeiros meses do ano, a aceleração da inflação puxou as metas para cima, principalmente em fevereiro, quando o IPCA fechou em 0,83%, corroendo os ganhos dos investimentos. A alta foi impulsionada, principalmente, pelos setores de Educação e de Alimentação e bebidas.
Em janeiro, o cenário foi agravado pela forte queda do Ibovespa, de -4,79%, o pior resultado para o mês em oito anos, provocada por uma série de fatores, como a realização de lucros após a forte alta em dezembro, a atratividade da renda fixa americana e o impacto da crise imobiliária da China sobre o mercado de commodities.
Nesse contexto de incertezas, a renda fixa, que responde por cerca de 80% da nossa carteira consolidada, segue sendo o principal gerador de resultado, refletindo os fundamentos sólidos da nossa estrutura de investimentos e as estratégias da macroalocação. Com ganhos de 0,89% em março, o segmento acumulou alta de 2,68% no ano, superando referências do mercado, como o CDI, que rendeu 0,83% no mês e 2,62% no primeiro trimestre.
No período, a performance dos investimentos foi impactada pela renda variável, que responde por cerca de 9% da carteira, e acompanha as flutuações do mercado de ações. Em janeiro, o segmento amargou retração de -3,96% e, em março, de -0,06%, com recuo acumulado de -3,39% no ano. O desempenho, apesar de negativo, supera o Ibovespa, benchmark para o segmento, que acumula perda de -4,53% no ano.
Nos planos mais maduros, em fase de pagamento de benefícios, como os PPSPs, o impacto das oscilações do mercado de ações é limitado, pois as carteiras visam dar maior segurança e estabilidade com investimentos em renda fixa. Em planos mais jovens, em fase de acumulação, como o PP-2, a exposição à renda variável é um pouco maior. Dessa forma, a rentabilidade desses planos está sujeita à maior flutuação, seja positiva ou negativa, de acordo com o mercado. Em 2023, por exemplo, o PP-2 teve ganhos de 21% em renda variável, aproveitando o bom momento do Ibovespa, enquanto o PPSP-R registrou ganhos de 8,28% no segmento.
Por outro lado, os investimentos no exterior tiveram rendimento de 2,32% em março e 6,74% no ano. O segmento tem baixa participação nas carteiras, contribuindo pouco para o resultado geral. Os investimentos estruturados avançaram, com alta de 0,99% no mês, acumulando valorização de 1,01%. Em imóveis, a rentabilidade foi de 0,58% no mês e 1,66% até março e, na carteira de empréstimos, de 0,77% no mês e 2,90% no ano.
Cenário para abril
Em abril, a manutenção dos juros altos nos EUA manterá elevada a atratividade dos títulos do tesouro americano. Adicionalmente, os desdobramentos do conflito no Oriente Médio têm contribuído para um incremento substancial de risco e volatilidade nos mercados. Diante deste contexto, caso não se dissipem estes riscos, o mercado de ações pode não se recuperar neste mês. Considerando a primeira quinzena de abril, o Ibovespa já acumula queda de -2,2%.
A renda fixa seguirá sendo a principal âncora de estabilidade dos nossos planos, sobretudo os de benefício definido, após a conclusão da nossa estratégia de imunização das carteiras. E como o segmento representa a maior parte dos investimentos, a Petros vislumbra resultado positivo no fim do ano.
Nossas equipes de investimentos estão trabalhando para seguir protegendo as carteiras e realizando movimentos que busquem rentabilidade acima dos objetivos. Assim, a expectativa da Petros é de que a rentabilidade se recupere e consiga atingir o objetivo de retorno dos planos este ano, seguindo mesmo movimento observado em 2023, em que, inicialmente, houve queda na rentabilidade, recuperando-se nos meses subsequentes, registrando ao final o melhor resultado em quatro anos.
Para conferir a rentabilidade dos investimentos da Petros e do seu plano, acesse o Painel de Investimentos.