Informe econômico

Ativos marcados a mercado e renda variável afetam rentabilidade em outubro, mas imunização atenua impacto

Publicada em 12/11/2024

A Petros encerrou o mês de outubro com rentabilidade prévia de 0,7%, pouco abaixo do objetivo de retorno médio da Fundação, de 0,9%. O resultado reflete o cenário de elevação da taxa de juros, que impactou os títulos de renda fixa de longo prazo com marcação a mercado, além do fraco desempenho do mercado doméstico de ações. Em relação ao passivo, a aceleração da inflação, pressionada pelos preços de energia e alimentos, elevou as metas dos planos. No ano, a rentabilidade acumulada é de 7,1%, frente ao objetivo de 8,0%.

Do lado positivo, o segmento de renda fixa registrou alta de 0,9%, impulsionada pelos títulos públicos da estratégia de imunização, além da maior alocação em CDI. Porém, os títulos marcados a mercado, sobretudo de longo prazo, tiveram baixa performance, puxada pela retomada do ciclo de alta nos juros. Como a expectativa é de taxas mais elevadas, os papéis já negociados sofrem desvalorização. Este cenário afeta, principalmente, os planos de contribuição definida e de contribuição variável, que têm restrições legais para marcação de títulos públicos na curva, papéis que não sofrem com as oscilações de mercado. Assim, a Petros é obrigada a classificá-los a mercado, o que vem impondo volatilidade às carteiras e impactando a rentabilidade desses planos. O IMA-B 5+, benchmark dos papéis com vencimento superior a 5 anos, registrou retração de -1,7% em outubro, com perda acumulada de -4,2% no ano.

Na renda variável, o desempenho da Petros acompanhou a volatilidade do mercado doméstico de ações, com retorno negativo de -0,6%, superior, porém, ao Ibovespa, que amargou o sexto mês de queda no ano, com retração de -1,6%. As incertezas fiscais, somadas ao aumento das tensões no Oriente Médio e às eleições municipais no Brasil e presidenciais nos EUA, contribuíram para a aversão a riscos por parte dos investidores.

No ano, o segmento de renda fixa acumula alta de 8,3%, enquanto a renda variável registra retração de -2,4%. Confira abaixo a trajetória da rentabilidade da Petros frente ao objetivo e as variações mês a mês do Ibovespa e IMAB 5 +, indicadores que vem impactando o resultado dos investimentos.


 

Demais segmentos

O segmento de investimento no exterior, que ganhou espaço ao longo de 2024 nos planos CDs, manteve a boa performance, com forte alta de 5,8% em outubro, e ganhos acumulados de 26,7% no ano. Os investimentos estruturados renderam 0,5% no mês, com 5,8% no acumulado do ano, e o segmento de operações com participantes subiu 0,6%, com retorno acumulado de 8,6%. Por outro lado, os investimentos imobiliários registraram retração de -0,3%, com ganhos de 3,4% em 2024.

Cenário para os próximos meses

Novembro começou com corte de juros na economia americana, mas em ritmo menor, de 0,25 ponto percentual, após a divulgação de dados de aquecimento da economia e de inflação próxima da meta. No Brasil, o Banco Central acelerou o ritmo de alta para 0,5 ponto percentual, com a Selic alcançando 11,25%, com expectativa de nova elevação na próxima reunião, impactando os títulos marcados a mercado.

No mercado de ações, tradicionalmente, o fim de ano é marcado por um fluxo positivo, com os investidores montando suas posições para o ano seguinte e a maior disponibilidade de renda no mercado. No entanto, neste ano, o cenário permanece com muitas incertezas, com a eleição do republicano Donald Trump nos EUA, o aumento das tensões no Oriente Médio e dúvidas em torno de questões fiscais no país.

Frente ao cenário ainda adverso, nossas equipes seguem trabalhando em busca do melhor retorno ajustado ao risco de cada plano. Para conferir o desempenho do seu plano, acesse o Painel de investimentos. E para entender melhor o cenário macroeconômico, confira o Informe econômico.